Rede Brasil Atual: Médicos elogiam remédio gratuito, mas defendem melhor atendimento e prevenção
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Rede Brasil Atual: Médicos elogiam remédio gratuito, mas defendem melhor atendimento e prevenção


Médicos elogiam remédio gratuito, mas defendem melhor atendimento e prevenção

Medicamentos são importantes, mas insuficientes para enfrentar doenças sérias como diabetes e pressão alta. É preciso também rapidez na marcação das consultas e médicos melhor preparados

Por: Cida de Oliveira, Rede Brasil Atual

Publicado em 05/02/2011, 10:39



São Paulo - Especialistas no tratamento do diabete e hipertensão (pressão alta) são unânimes ao elogiar o programa de distribuição gratuita de medicamentos contra essas doenças nas farmácias e drogarias conveniadas à rede Aqui tem Farmácia Popular, lançado ontem (3/2), pela presidenta Dilma Rousseff. “Toda grande caminhada começa com um primeiro passo. E esse passo foi dado ontem", resume o endocrinologista Saulo Cavalcanti, presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD).


Segundo o Ministério da Saúde, até o dia 14/2 todos os mais de 15 mil estabelecimentos credenciados em todo o país já terão adaptado seu sistema e poderão distribuir os onze itens da cesta de medicamentos contra diabetes e os seis contra pressão alta. Para retirar os remédios é preciso apresentar receita médica. Cada vez mais comuns na população de todo o mundo, essas doenças não têm cura e, por danificarem os vasos sanguíneos, afetam diversos órgãos.


O Ministério da Saúde estima que existam cerca de 11 milhões de diabéticos no país. Desse total, apenas 7,5 milhões sabem que são portadores e nem todos tratam adequadamente. A doença crônica é caracterizada pelo excesso de glicemia (açúcar) no sangue, que altera a pressão, aumenta muito as chances de infarto e derrame, prejudica os rins, traz problemas oculares (pode levar à cegueira) e está entre as principais causas de amputação dos membros inferiores, entre outras sérias complicações.


Para os diabéticos, o programa inclui dois medicamentos (glibenclamida e cloridrato de metformina) e dois tipos de insulina, em diferentes dosagens. No total são onze itens. Segundo o presidente da SBD, a iniciativa deve ser aprimorada com a atualização e ampliação da cesta, com a inclusão de medicamentos e insulinas mais modernas e fitas medidoras das taxas de glicemia no sangue. Para isso, a SBD deverá se reunir nos próximos dias para redigir um documento a ser encaminhado ao Ministério da Saúde.

Seguro de vida

O cardiologista Carlos Alberto Machado, coordenador de ações sociais da Sociedade Brasileira de Cardiologia, ressalta que a distribuição gratuita de seis medicamentos para o controle da pressão arterial (captopril, maleato de enalapril, cloridrato de propranolol, atenolol, hidroclorotiazida e losartana potássica) já era feita em Unidades Básicas de Saúde, por meio de um convênio entre União, estados e municípios. "Só que nem sempre estão disponíveis nas farmácias de todos postos", diz. "Isso dificilmente vai acontecer nas farmácias comerciais participantes da rede, que geralmente têm várias versões do medicamento prescrito. Assim, fica muito mais fácil para o paciente obtê-los e seguir o tratamento ".


A adesão do hipertenso ao tratamento, segundo Machado, é um dos grandes desafios da especialidade. Como ele compara, a atuação do cardiologista é semelhante à de um vendedor de seguro de vida. "Não é fácil convencer uma pessoa que não sente sintoma algum de que ela tem uma doença sem cura, com sérias complicações, e que depende de vários comprimidos por dia para ser controlada", afirma.


Outro desafio, como ele conta, é capacitar médicos generalistas e de outras especialidades que também têm papel na prevenção da hipertensão. Um estudo clássico, realizado há 30 anos, mostra que naquela época em apenas 17% das consultas era tomada a pressão. Dez anos depois, o índice subiu para 29% e pouco mudou de lá para ca. "Já ouvi de médicos com 30 anos de carreira que nunca tinham ido a um congresso"


O pediatra deve medir a pressão de todas as crianças a partir dos 3 anos. Isso previne problemas sérios, como insuficiência renal

Estima-se que mais de 30 milhões de brasileiros sejam hipertensos (35% da população adulta). No entanto, entre aqueles que estão em tratamento, 19% têm a pressão sob controle. O percentual varia de região para região, podendo ser muito menor nas mais pobres. Como a doença é o principal fator de risco para infarto e derrame, fica fácil entender porque problemas cardiovasculares sáo as maiores causas de mortes no Brasil. Não é por acaso que estudos mostrem que entre as maiores causas de internação no Brasil estão a insuficiência cardíaca, derrame e pressão alta -- sendo que as duas primeiras são causadas pela terceira. Isso sem contar os danos aos rins, também graves.

Apesar da alta incidência entre os adultos, as crianças também devem ter sua pressão arterial controlada a partir dos 3 anos. "Essa medida tem que ser rotina em todos as consultas pediátricas", afirma Carlos Alberto Machado. Segundo ele, um levantamento do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas de São Paulo mostra que todo mês são atendidas em média quatro crianças com insuficiência renal já em estado adiantado -- que poderia ter sido prevenida com medida simples como a tomada e controle da pressão arterial.




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