O que aprendi no ALAD 2016?
Diabetes

O que aprendi no ALAD 2016?



Antes que você ache que esse é um post sobre os novos avanços da tecnologia ou ainda sobre as novidades para o tratamento de pessoas com diabetes na América Latina, já aviso que não vale se enganar.

Esse post é sobre como eu, jornalista e pessoa com diabetes, me senti no meio de centenas de médicos latinoamericanos que deveriam estar em Bogotá para falar sobre as coisas mencionadas anteriormente.

E sabem o que eu aprendi: como é conviver com dinossauros!

Eu vi sim muita tendência, coisa muito interessante, aprendi novos conceitos e talz, mas também me deparei com muito retrocesso. Gente ultrapassada, tratamentos velhos, crenças horrendas saindo da boca de médicos!

Uma médica disse que crianças que tomam insulina não poderiam praticar atividades físicas individuais, como tênis. A mesma que disse que essas crianças não deveriam se automonitorar nas escolas para não serem vítimas de bulling ou ainda para não agirem como divas entre os outros colegas por estar usando uma tecnologia.

Teve ainda médico que defendesse a NPH a essa altura do campeonato... Sem falar, é claro, que 85% do programa era sobre diabetes tipo 2, com médicos agindo como se os outros tipos de diabetes sequer existissem.

Entre os blogueiros convidados um debate: vale a pena ou não participar de um encontro que está mais para dinossáurico do que para inovador?

Para mim, valeu e sempre valerá. Não é de hoje que debatemos sobre como o conhecimento dos profissionais da saúde está ultrapassado e como eles precisam se relacionar mais com os pacientes, ouvi-los. Estar lá me fez abrir os olhos para temas ainda mais abrangentes, como chamar a atenção dos médicos para as necessidades dos pacientes e não deles, sobre a necessidade de mostrar para eles o nosso lado da história, e mais, de mostrar para a indústria que nem tudo é lucro.

Tem muito post em construção depois do que vi e ouvi. Agradeço à Medtronic pelo convite (e olha que eu nem uso bomba ainda) e espero que os congressos abram cada vez mais espaço para que pacientes-influenciadores digitais possam estar em eventos como este (mesmo eu achando que muito médico deve estar até agora questionando o que estávamos fazendo lá e porque fazíamos tantas perguntas).

Quer saber mais sobre como foi essa experiência, dá uma olhada nas hashtags #alad2016 e #activismoendiabetes no Twitter, Facebook e Instagram. Tem fotos do que vimos, nossas impressões e questionamentos e muita coisa bacana! E vai acompanhando por aqui, é claro!

Espero que gostem!



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